Mulher vítima de agressão dormia em sua residência em General Salgado (SP) quando foi brutalmente atacada por seu ex-companheiro, infringindo a medida protetiva de urgência que ela possuía contra o agressor.
A vítima, uma mulher de 28 anos que teve metade de seu lábio inferior arrancado durante o ataque, compartilhou sua angústia e trauma, afirmando que não consegue encarar seu reflexo no espelho desde o incidente. O terrível episódio ocorreu em 4 de março, na cidade do interior paulista, e a vítima já possuía uma medida protetiva contra o suspeito.
Devido ao medo de retornar a General Salgado, onde residem sua família e sua filha de seis anos, a mulher optou por se refugiar em São José do Rio Preto (SP), onde está atualmente hospedada com uma amiga. Ela expressou sua dor e sensação de impotência por ter sido forçada a deixar sua cidade, enquanto o agressor continua livre, aparentemente sem consequências.
Contrastando com a postura reclusa da vítima, o suspeito, com quem ela teve um relacionamento de um ano, permanece em liberdade. A vítima revelou que esta não foi a primeira vez que sofreu agressões por parte dele, e admitiu ter perdoado o agressor em ocasiões anteriores, um fato que agora lamenta profundamente.
O episódio fatídico ocorreu enquanto a mulher dormia, sendo abruptamente interrompida pelo invasor, que a agrediu violentamente. Ela relatou que o agressor a socou no rosto, a mordeu no braço, a estrangulou e, por fim, arrancou parte de seu lábio inferior com os dentes, antes de fugir do local.
Em seu relato, a vítima explicou que as agressões teriam sido motivadas pelo fato de ela ter ido a uma festa com uma prima e não ter atendido às ligações do agressor.
Após o ataque, a mulher buscou ajuda médica, sendo inicialmente atendida na Santa Casa da cidade e posteriormente transferida para o Hospital de Base (HB) de Rio Preto, onde precisou passar por cirurgia para reconstrução do lábio.
Enquanto a vítima luta para se recuperar física e emocionalmente, ela clama por justiça, demandando que seu agressor seja responsabilizado pelos atos cometidos. Apesar de possuir medida protetiva contra o homem desde novembro do ano anterior, quando ele a agrediu anteriormente, o agressor permanece em liberdade.
O delegado encarregado do caso, Filipe Carneiro de Albuquerque Santana, confirmou que um boletim de ocorrência foi registrado e aguarda o depoimento da vítima para dar continuidade às investigações. Até o momento, nenhuma prisão foi efetuada.